Fazem exatamente 14 dias que as gravações do "Argentino" chegaram ao fim. Foram 5 dias de gravação, meses de pré-produção. E eu me sinto exultante em afirmar que estou nesse projeto desde o comecinho. Vi o roteiro ser escrito e reescrito sei-lá-quantas-vezes. Vi a história tomar rumos muito diferentes, e depois voltar ao ponto original. Vi a equipe crescer e cresci com a equipe. Eu, que não sabia nada de coisa nenhuma, aprendi muito - mas continuo sabendo muito pouco.
Foi o Fernando, que precisou sair da equipe há muito tempo, quem me chamou para essa empreitada. Na época, não tinha nem idéia de quem era o Diego - com quem fui posta em contato tão logo disse "sim" ao convite para participar do curta-metragem. Conheci o Diego por Googletalk. E, de cara, percebi que ele era alguém extremamente apaixonado pelo que fazia (por isso, pensar em Cannes passa a não ser algo tão utópico assim).
Aluguei o Diego milhares de vezes. Afinal, eu era só uma guria que mal tinha entrado na faculdade, nunca tinha filmado nada e não fazia a menor idéia do que era "ser continuista". Ele, com toda a paciência do mundo, me explicou o que sabia. Me passou tabelas. Me passou textos. Aos poucos, fui entendo a responsabilidade que tinha em mãos. E passei a ser uma companhia muito chata no cinema (afinal, ficava tentando encontrar todos os possíveis erros de continuidade em todos os filmes que eu assistia).
Reuniões, reuniões e mais reuniões, pré-minutagem pronta (aimeuDeusseráquetôfazendoissodireito?), vários e-mails, muita ajuda da Pati e do Diego, e já era o dia de filmar. O tempo passou muito muito rápido e, quando percebi, estava de prancheta e cronômetro em mãos no apartamento da Rosa, com uma equipe imensa que eu mal conhecia.
Prestar atenção em tudo, o tempo todo, é difícil. Prestar atenção em tudo, o tempo todo e com sono é praticamente uma missão impossível. Por isso, para mim, o dia de gravação mais difícil foi o dia da Alfaiataria. Depois de um dia (e noite) de filmagens na chuva, pouquíssimas horas dormidas e muito guaraná com açaí, estava em uma locação apertadíssima, com muitos objetos cenográficos, muitos figurinos, muitas cenas e planos a serem gravados. E, quando tudo parecia estar chegando ao fim, optou-se por terminar as sequências do dia anterior, que não foram gravadas por causa da chuva. Sobrevivi, mas errei. É a vida.
Enfim, as gravações chegaram ao fim. E, por mais insanos que tenham sido aqueles 5 dias de fevereiro, sinto saudades. Conheci muita gente. Conheci muitas coisas novas. Aprendi muito.
Agora, só posso agradecer à equipe pela oportunidade que me foi dada; rezar por um patrocínio que nos ajude a revelar e finalizar o curta e torcer: afinal, muito em breve estaremos em Cannes.
Foi o Fernando, que precisou sair da equipe há muito tempo, quem me chamou para essa empreitada. Na época, não tinha nem idéia de quem era o Diego - com quem fui posta em contato tão logo disse "sim" ao convite para participar do curta-metragem. Conheci o Diego por Googletalk. E, de cara, percebi que ele era alguém extremamente apaixonado pelo que fazia (por isso, pensar em Cannes passa a não ser algo tão utópico assim).
Aluguei o Diego milhares de vezes. Afinal, eu era só uma guria que mal tinha entrado na faculdade, nunca tinha filmado nada e não fazia a menor idéia do que era "ser continuista". Ele, com toda a paciência do mundo, me explicou o que sabia. Me passou tabelas. Me passou textos. Aos poucos, fui entendo a responsabilidade que tinha em mãos. E passei a ser uma companhia muito chata no cinema (afinal, ficava tentando encontrar todos os possíveis erros de continuidade em todos os filmes que eu assistia).
Reuniões, reuniões e mais reuniões, pré-minutagem pronta (aimeuDeusseráquetôfazendoissodireito?), vários e-mails, muita ajuda da Pati e do Diego, e já era o dia de filmar. O tempo passou muito muito rápido e, quando percebi, estava de prancheta e cronômetro em mãos no apartamento da Rosa, com uma equipe imensa que eu mal conhecia.
Prestar atenção em tudo, o tempo todo, é difícil. Prestar atenção em tudo, o tempo todo e com sono é praticamente uma missão impossível. Por isso, para mim, o dia de gravação mais difícil foi o dia da Alfaiataria. Depois de um dia (e noite) de filmagens na chuva, pouquíssimas horas dormidas e muito guaraná com açaí, estava em uma locação apertadíssima, com muitos objetos cenográficos, muitos figurinos, muitas cenas e planos a serem gravados. E, quando tudo parecia estar chegando ao fim, optou-se por terminar as sequências do dia anterior, que não foram gravadas por causa da chuva. Sobrevivi, mas errei. É a vida.
Enfim, as gravações chegaram ao fim. E, por mais insanos que tenham sido aqueles 5 dias de fevereiro, sinto saudades. Conheci muita gente. Conheci muitas coisas novas. Aprendi muito.
Agora, só posso agradecer à equipe pela oportunidade que me foi dada; rezar por um patrocínio que nos ajude a revelar e finalizar o curta e torcer: afinal, muito em breve estaremos em Cannes.