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Para além divulgação do curta metragem "Argentino", agora em fase de Pós-produção, realizado nas cidades de Campinas e Paulinia entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2009, a idéia do blog é angariar textos, entrevistas, vídeos e fotos de todos aqueles que participaram do processo de feitura do filme. Dessa forma, estudantes e interessados por cinema poderão conhecer os diferentes métiers dentro da estrutura de produção cinematográfica.


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terça-feira, 10 de março de 2009

Entrevista com o diretor no último dia de filmagem

Pouco antes de acabarem as gravações, foi feita uma entrevista com Diego, o diretor do curta. Ancioso e feliz ao mesmo tempo, ele agradece a equipe e fala algo muito importante, que o filme é da equipe. Não é de uma pessoa só, nem do diretor, cada um tem uma função fundamental e não é a toa que é necessário tanta gente para fazer um filme de apenas 15 minutos.
Eu, como integrante da equipe de making of, vi isso muito claro, já que estava mais como observadora do que participante. É muito legal ver todos empenhados e sem descansar um minuto, mesmo depois de longos dias de trabalho e sem receber nada. Com certeza esse curta irá longe, pois todo o trabalho foi muito bem feito e, apesar das dificuldades, o pessoal conseguia fazer dar certo!
Sucesso a todos e vida longa ao Argentino!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Impossível é lugar comum!

Achei empolgante a matéria que saiu ontem no caderno C do Correio Popular de Campinas. Paula entendeu bem o espirito da equipe quando escreveu: “Pode parecer ambição mas, ao conversar com Diego da Costa, diretor do curta-metragem Argentino, tudo parece possível devido à sua paixão pelo cinema”. Acredito que não só para mim, mas para todos que de alguma forma participaram do Argentino, tudo seja possível!
Não me considero um diretor. Talvez seja um curtametragista e quem sabe um aspirante a cineasta! Ehehe. Mas tenho a idéia de que um dia o serei, não importando o quanto leve e o quão difícil seja.
Não vou escrever muito pra vocês lerem a matéria que segue abaixo. Mas antes alguns adendos a certos pontos da matéria, que talvez pelo meu modo confuso de me expressar, não estão totalmente corretos.
- No Filme do João Batista, que ira chamar Travessia, sou na verdade assistente de edição.
- A idéia do Argentino surgiu, na verdade em uma conversa de bar com Enric Llagostera, Roteirista do curta. Na França, porém, a idéia foi amadurecendo e por todo o tempo que fiquei lá, ele ia escrevendo o roteiro e eu palpitando, dando toques, enfim, conversamos muito s a coisa toda foi amadurecendo.
- O Cabral eu conheci depois, no Salve Geral, mas ele foi fundamental quando assumiu a direção de produção! O cara é foda! Como diz o Fernandão “ Bom pra caralho, bicho!”
- A diretora de fotografia, Heloisa, foi indicada por um amigo (Pedro Struchi, também um curtametragista de Campinas) que trabalhou comigo no Salve Geral.
Até o próximo post!





Caderno C
Cannes como destino
/ CINEMA / Diretor de curta-metragem roda em Campinas filme que planeja levar a festival
Paula Ribeiro
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
paula.ribeiro@rac.com.br

Os olhares mais atentos que controlam o Centro de Campinas não deixaram escapar, nas semanas passadas, movimentações de câmera, claquete e atores. Ruas como a Lusitana e a Coronel Rodovalho tiveram de ser interditadas. O objetivo: Cannes.

Pode parecer ambição mas, ao conversar com Diego da Costa, diretor do curta-metragem Argentino, tudo parece possível devido à sua paixão pelo cinema, apesar das dificuldades que é fazer filmes no Brasil. Formado em midialogia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Costa divide seu tempo entre a produtora Imago, onde trabalha com som e edição, e cargos de assistência em filmes de diretores conhecidos. Foi assistente microfonista em Salve Geral, de Sérgio Rezende, rodado em Campinas e Paulínia; e assistente de direção do mais recente filme de João Batista de Andrade, que ainda não pode ser divulgado.

No ano passado, foi estudar cinema na conceituada Sorbonne, em Paris, onde passou um ano e editou um filme baseado no livro A Bruxa de Portobello, de Paulo Coelho, que foi um dos vencedores do festival The Experimental Witch. Foi na França que surgiu a idéia principal de Argentino, cuja história mostra um alfaiate estrangeiro (Norberto Presta) que falsifica documentos e acaba roubando a identidade das pessoas que enjoaram da vida. “Como eu era um estrangeiro, a idéia foi amadurecendo na minha cabeça e eu e o Cabral, que queria fazer um filme, trocamos e-mails durante todo o tempo que ficamos lá até surgir o roteiro final”, explica.

A história se passa em “alguma grande cidade”, mas foi filmado em Paulínia, Campinas e Barão Geraldo. As línguas faladas são português, espanhol e o bom e velho “portunhol”, que se explica uma vez que o protagonista é um argentino. Ou quer se passar por tal.

Apesar de a produção do filme ter começado há um ano e meio, foi depois da participação em Salve Geral que o rapaz conseguiu realizar o projeto. “A pré-produção foi em uma semana”, revelou.

Costa conseguiu apoio da Kodak para a película, a câmera foi emprestada pela Unicamp e algumas pessoas trabalharam com ele em Salve Geral, como a diretora de fotografia. “Fazer cinema independente não é fácil, ainda mais nas condições que fizemos. Muitas pessoas trabalharam de graça, por puro prazer, e tivemos diversos apoios, das produtoras Imago, Log e Homem Amarelo, além do patrocínio do restaurante Villa Gula. Para os próximos filmes pretendo participar de editais e ganhar ao menos o necessário para alugar mais equipamento e finalizar decentemente o filme. Argentino está sendo feito na raça: sem grana e com pessoas que sabem realmente o que querem”, desabafou.

No total, foram cinco dias de filmagem em um edifício da Rua Lusitana, a Rua Coronel Rodovalho, o Villa Gula, um ponto de ônibus de Barão Geraldo e a rodoviária de Paulínia.

Agora, o filme foi para um laboratório de onde deve sair apenas em abril para os primeiros cortes. A intenção é que fique pronto a tempo de ser mandado para o Festival de Cannes. “Quero que o filme fique, no máximo, com 15 minutos, assim dá para inscrevê-lo em qualquer categoria competitiva de qualquer festival do mundo”, explica o diretor, que não descarta os festivais Sundance, de Roterdã ou de Berlim.

Mas a intenção mesmo é que o trabalho vá para Cannes, o maior festival de filmes do mundo e que dá credibilidade a qualquer diretor do planeta. O negócio é torcer.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Depois da chuva!





Alguns dias após as filmagens, agora com uma vida normal (dentro do possível), tenho tempo pra refletir e escrever sobre o que foi e como foi realizar este curta. O que resta dos dias passados é ainda uma pequena pulga atras da orelha: Como vai ficar o filme revelado? Deu tudo certo? Nenhum erro?
Por hora vamos tentar esquecer isso e tentar lembrar da parte, talvez a mais pesada do processo.
Tivemos duas semanas intensas de pré produção em que fizemos milagre! Na verdade o milagre vem da equipe de produção, Cabral, Juliana, Nicolas, Mauricio, Tamara, Luiz, que em pouco tempo, com a ajuda de Marta, conseguiram apoios diversos e resolveram todas as pendências que poderiam existir.

Optamos então por fazer um primeiro dia tranquilo, pensando na integração da equipe, meia diária, poucos planos. Funcionou! Todos os pequenos problemas que tivemos foram resolvidos para o dia seguinte em uma reunião franca durante a noite.

No segundo dia, a equipe batalhou junta. Estávamos todos bem resolvidos e integrados, porém, são Pedro nos castigou! Ninguém tinha contratado a baita chuva que nos deixou por horas parados e nos deu um atraso de meia diária, que no fim, valeu pra dar mais charme a uma das sequencias! Até quando dá tudo errado, a gente faz dar certo!kkk

Acho incrível o modo como todos se integraram e, por cinco dias, deixaram todos os afazeres de lado para que o curta saísse perfeito! E se não sair, o problema terá sido comigo, pois todos ralaram! Uma equipe formada por amigos, seja dos trabalhos dos quais participei, seja da faculdade, estavam lá! Unidos.

É divertido observar como 30 pessoas (essa era a media diária do SET) conseguem se integrar e trocar informações, experiências, se tornarem amigas em tão pouco tempo. E eu tive bastante tempo pra observar dessa vez, pois não me deixavam fazer nada além do que um diretor deve fazer. É estranho, pelo menos pra mim que sempre dirigiu curtas na faculdade com equipes pequenas... por vezes me sentia um inútil, apenas observando todos trabalharem, mas não conseguia mais rever a decupagem ou os diálogos. Já havia falado com os atores durante a maquiagem, passado o plano com a Helo e o Tonelo, todos se preparando e... bom! Eu roubava a câmera de making of e entrevistava o pessoal. ahahah! Era assim que eu relaxava. Afinal fazer um curta em película não é fácil. Economia de negativo, equipamento mais pesado, mais tempo de preparo a cada cena...Ahhh! Por um momento até pensei que seria fácil, mas se fosse, talvez não teria sido tão bom!

No próximo post vou falar com mais detalhes de mise en scène. Das sensações que tive com esta câmera e o jogo de atores. Talvez este aqui tenha sido meio vago, então vou acabar com uma frase de efeito, dita pelo professor paulo Martins:

Fazer cinema é foda!

Mas eu amo isso...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Expectativas

Com o tempo das filmagens se aproximando, as expectativas da equipe e a vontade de dar tudo certo vão aumentando.
A equipe de making of realizou a primeira entrevista com o diretor e com a assistente de direção.
Na entrevista, Diego da Costa fala um pouco sobre suas expectativas e de onde surgiu a idéia. Confira no vídeo abaixo.