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Para além divulgação do curta metragem "Argentino", agora em fase de Pós-produção, realizado nas cidades de Campinas e Paulinia entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2009, a idéia do blog é angariar textos, entrevistas, vídeos e fotos de todos aqueles que participaram do processo de feitura do filme. Dessa forma, estudantes e interessados por cinema poderão conhecer os diferentes métiers dentro da estrutura de produção cinematográfica.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Impossível é lugar comum!

Achei empolgante a matéria que saiu ontem no caderno C do Correio Popular de Campinas. Paula entendeu bem o espirito da equipe quando escreveu: “Pode parecer ambição mas, ao conversar com Diego da Costa, diretor do curta-metragem Argentino, tudo parece possível devido à sua paixão pelo cinema”. Acredito que não só para mim, mas para todos que de alguma forma participaram do Argentino, tudo seja possível!
Não me considero um diretor. Talvez seja um curtametragista e quem sabe um aspirante a cineasta! Ehehe. Mas tenho a idéia de que um dia o serei, não importando o quanto leve e o quão difícil seja.
Não vou escrever muito pra vocês lerem a matéria que segue abaixo. Mas antes alguns adendos a certos pontos da matéria, que talvez pelo meu modo confuso de me expressar, não estão totalmente corretos.
- No Filme do João Batista, que ira chamar Travessia, sou na verdade assistente de edição.
- A idéia do Argentino surgiu, na verdade em uma conversa de bar com Enric Llagostera, Roteirista do curta. Na França, porém, a idéia foi amadurecendo e por todo o tempo que fiquei lá, ele ia escrevendo o roteiro e eu palpitando, dando toques, enfim, conversamos muito s a coisa toda foi amadurecendo.
- O Cabral eu conheci depois, no Salve Geral, mas ele foi fundamental quando assumiu a direção de produção! O cara é foda! Como diz o Fernandão “ Bom pra caralho, bicho!”
- A diretora de fotografia, Heloisa, foi indicada por um amigo (Pedro Struchi, também um curtametragista de Campinas) que trabalhou comigo no Salve Geral.
Até o próximo post!





Caderno C
Cannes como destino
/ CINEMA / Diretor de curta-metragem roda em Campinas filme que planeja levar a festival
Paula Ribeiro
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
paula.ribeiro@rac.com.br

Os olhares mais atentos que controlam o Centro de Campinas não deixaram escapar, nas semanas passadas, movimentações de câmera, claquete e atores. Ruas como a Lusitana e a Coronel Rodovalho tiveram de ser interditadas. O objetivo: Cannes.

Pode parecer ambição mas, ao conversar com Diego da Costa, diretor do curta-metragem Argentino, tudo parece possível devido à sua paixão pelo cinema, apesar das dificuldades que é fazer filmes no Brasil. Formado em midialogia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Costa divide seu tempo entre a produtora Imago, onde trabalha com som e edição, e cargos de assistência em filmes de diretores conhecidos. Foi assistente microfonista em Salve Geral, de Sérgio Rezende, rodado em Campinas e Paulínia; e assistente de direção do mais recente filme de João Batista de Andrade, que ainda não pode ser divulgado.

No ano passado, foi estudar cinema na conceituada Sorbonne, em Paris, onde passou um ano e editou um filme baseado no livro A Bruxa de Portobello, de Paulo Coelho, que foi um dos vencedores do festival The Experimental Witch. Foi na França que surgiu a idéia principal de Argentino, cuja história mostra um alfaiate estrangeiro (Norberto Presta) que falsifica documentos e acaba roubando a identidade das pessoas que enjoaram da vida. “Como eu era um estrangeiro, a idéia foi amadurecendo na minha cabeça e eu e o Cabral, que queria fazer um filme, trocamos e-mails durante todo o tempo que ficamos lá até surgir o roteiro final”, explica.

A história se passa em “alguma grande cidade”, mas foi filmado em Paulínia, Campinas e Barão Geraldo. As línguas faladas são português, espanhol e o bom e velho “portunhol”, que se explica uma vez que o protagonista é um argentino. Ou quer se passar por tal.

Apesar de a produção do filme ter começado há um ano e meio, foi depois da participação em Salve Geral que o rapaz conseguiu realizar o projeto. “A pré-produção foi em uma semana”, revelou.

Costa conseguiu apoio da Kodak para a película, a câmera foi emprestada pela Unicamp e algumas pessoas trabalharam com ele em Salve Geral, como a diretora de fotografia. “Fazer cinema independente não é fácil, ainda mais nas condições que fizemos. Muitas pessoas trabalharam de graça, por puro prazer, e tivemos diversos apoios, das produtoras Imago, Log e Homem Amarelo, além do patrocínio do restaurante Villa Gula. Para os próximos filmes pretendo participar de editais e ganhar ao menos o necessário para alugar mais equipamento e finalizar decentemente o filme. Argentino está sendo feito na raça: sem grana e com pessoas que sabem realmente o que querem”, desabafou.

No total, foram cinco dias de filmagem em um edifício da Rua Lusitana, a Rua Coronel Rodovalho, o Villa Gula, um ponto de ônibus de Barão Geraldo e a rodoviária de Paulínia.

Agora, o filme foi para um laboratório de onde deve sair apenas em abril para os primeiros cortes. A intenção é que fique pronto a tempo de ser mandado para o Festival de Cannes. “Quero que o filme fique, no máximo, com 15 minutos, assim dá para inscrevê-lo em qualquer categoria competitiva de qualquer festival do mundo”, explica o diretor, que não descarta os festivais Sundance, de Roterdã ou de Berlim.

Mas a intenção mesmo é que o trabalho vá para Cannes, o maior festival de filmes do mundo e que dá credibilidade a qualquer diretor do planeta. O negócio é torcer.

5 comentários:

  1. isso me lembra muito a conversa no dia do teste de câmera, sobre ter uma nota no jornal e talz... boa sorte pra gente. bjos

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  2. a matéria ficou ótima mesmo!
    muito otimismo agora e rumo Cannes!
    beijos

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  3. ok senhores.. dentro do contexto pedido pelo signore rodrigo segue um pensamento sobre dificuldades no cinema.
    ontem (sabado,28 ) estive em sampa pra um job de publicidade. fui 2º assist. de maquinária e ainda tinhamos um ajudante. eramos em numero superior ou do nosso filme, tinhamos um caminhão de equipamento que fora o meu sonho mais gostoso durante a nossa pré-argentino a locação era nada menos que uma mansão no morumbi.. alimentação abundante e com direito a UMA CAIXA DE BOHEMIA NO FIM DO SET..

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  4. diferença girtante da nossa realidade ali no argentino e nada anormal não é?
    mas num set como esse,tenha certeza de que vc está sozinho. vc e sua capacidade.. a água de cena da atris acabou, a contra-regra ñ estava presente e o 1º de direção teve a manha de pedir p um cara da técnica, ms num largou a pranchetinha p pegar um copo dágua!! ( nada como um rafa rugindo no set né diego?! rss..)
    cinema é foda, pq o envolvimento é completamente diferente. publicidade por maiores as estruturas e cachês, td é mto profissa porém sem nem um pingo de paixão..
    fizemos cinema c 500 paus e alguns abraços, mto obrigado e os pelos dos bigodes do cabral e do diego como garantia!!

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  5. Puts, realmente... fico sem palavras uns instantes depois de ler seu comentário,Cris... hehehehehe
    Foi uma loucura fazer esse filme, mas meu, como eu AMO essas loucuras! heheheheheh

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