Pouco antes de acabarem as gravações, foi feita uma entrevista com Diego, o diretor do curta. Ancioso e feliz ao mesmo tempo, ele agradece a equipe e fala algo muito importante, que o filme é da equipe. Não é de uma pessoa só, nem do diretor, cada um tem uma função fundamental e não é a toa que é necessário tanta gente para fazer um filme de apenas 15 minutos.
Eu, como integrante da equipe de making of, vi isso muito claro, já que estava mais como observadora do que participante. É muito legal ver todos empenhados e sem descansar um minuto, mesmo depois de longos dias de trabalho e sem receber nada. Com certeza esse curta irá longe, pois todo o trabalho foi muito bem feito e, apesar das dificuldades, o pessoal conseguia fazer dar certo!
Sucesso a todos e vida longa ao Argentino!
Sobre o Blog
Para além divulgação do curta metragem "Argentino", agora em fase de Pós-produção, realizado nas cidades de Campinas e Paulinia entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2009, a idéia do blog é angariar textos, entrevistas, vídeos e fotos de todos aqueles que participaram do processo de feitura do filme. Dessa forma, estudantes e interessados por cinema poderão conhecer os diferentes métiers dentro da estrutura de produção cinematográfica.
terça-feira, 10 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
Continuando
Fazem exatamente 14 dias que as gravações do "Argentino" chegaram ao fim. Foram 5 dias de gravação, meses de pré-produção. E eu me sinto exultante em afirmar que estou nesse projeto desde o comecinho. Vi o roteiro ser escrito e reescrito sei-lá-quantas-vezes. Vi a história tomar rumos muito diferentes, e depois voltar ao ponto original. Vi a equipe crescer e cresci com a equipe. Eu, que não sabia nada de coisa nenhuma, aprendi muito - mas continuo sabendo muito pouco.
Foi o Fernando, que precisou sair da equipe há muito tempo, quem me chamou para essa empreitada. Na época, não tinha nem idéia de quem era o Diego - com quem fui posta em contato tão logo disse "sim" ao convite para participar do curta-metragem. Conheci o Diego por Googletalk. E, de cara, percebi que ele era alguém extremamente apaixonado pelo que fazia (por isso, pensar em Cannes passa a não ser algo tão utópico assim).
Aluguei o Diego milhares de vezes. Afinal, eu era só uma guria que mal tinha entrado na faculdade, nunca tinha filmado nada e não fazia a menor idéia do que era "ser continuista". Ele, com toda a paciência do mundo, me explicou o que sabia. Me passou tabelas. Me passou textos. Aos poucos, fui entendo a responsabilidade que tinha em mãos. E passei a ser uma companhia muito chata no cinema (afinal, ficava tentando encontrar todos os possíveis erros de continuidade em todos os filmes que eu assistia).
Reuniões, reuniões e mais reuniões, pré-minutagem pronta (aimeuDeusseráquetôfazendoissodireito?), vários e-mails, muita ajuda da Pati e do Diego, e já era o dia de filmar. O tempo passou muito muito rápido e, quando percebi, estava de prancheta e cronômetro em mãos no apartamento da Rosa, com uma equipe imensa que eu mal conhecia.
Prestar atenção em tudo, o tempo todo, é difícil. Prestar atenção em tudo, o tempo todo e com sono é praticamente uma missão impossível. Por isso, para mim, o dia de gravação mais difícil foi o dia da Alfaiataria. Depois de um dia (e noite) de filmagens na chuva, pouquíssimas horas dormidas e muito guaraná com açaí, estava em uma locação apertadíssima, com muitos objetos cenográficos, muitos figurinos, muitas cenas e planos a serem gravados. E, quando tudo parecia estar chegando ao fim, optou-se por terminar as sequências do dia anterior, que não foram gravadas por causa da chuva. Sobrevivi, mas errei. É a vida.
Enfim, as gravações chegaram ao fim. E, por mais insanos que tenham sido aqueles 5 dias de fevereiro, sinto saudades. Conheci muita gente. Conheci muitas coisas novas. Aprendi muito.
Agora, só posso agradecer à equipe pela oportunidade que me foi dada; rezar por um patrocínio que nos ajude a revelar e finalizar o curta e torcer: afinal, muito em breve estaremos em Cannes.
Foi o Fernando, que precisou sair da equipe há muito tempo, quem me chamou para essa empreitada. Na época, não tinha nem idéia de quem era o Diego - com quem fui posta em contato tão logo disse "sim" ao convite para participar do curta-metragem. Conheci o Diego por Googletalk. E, de cara, percebi que ele era alguém extremamente apaixonado pelo que fazia (por isso, pensar em Cannes passa a não ser algo tão utópico assim).
Aluguei o Diego milhares de vezes. Afinal, eu era só uma guria que mal tinha entrado na faculdade, nunca tinha filmado nada e não fazia a menor idéia do que era "ser continuista". Ele, com toda a paciência do mundo, me explicou o que sabia. Me passou tabelas. Me passou textos. Aos poucos, fui entendo a responsabilidade que tinha em mãos. E passei a ser uma companhia muito chata no cinema (afinal, ficava tentando encontrar todos os possíveis erros de continuidade em todos os filmes que eu assistia).
Reuniões, reuniões e mais reuniões, pré-minutagem pronta (aimeuDeusseráquetôfazendoissodireito?), vários e-mails, muita ajuda da Pati e do Diego, e já era o dia de filmar. O tempo passou muito muito rápido e, quando percebi, estava de prancheta e cronômetro em mãos no apartamento da Rosa, com uma equipe imensa que eu mal conhecia.
Prestar atenção em tudo, o tempo todo, é difícil. Prestar atenção em tudo, o tempo todo e com sono é praticamente uma missão impossível. Por isso, para mim, o dia de gravação mais difícil foi o dia da Alfaiataria. Depois de um dia (e noite) de filmagens na chuva, pouquíssimas horas dormidas e muito guaraná com açaí, estava em uma locação apertadíssima, com muitos objetos cenográficos, muitos figurinos, muitas cenas e planos a serem gravados. E, quando tudo parecia estar chegando ao fim, optou-se por terminar as sequências do dia anterior, que não foram gravadas por causa da chuva. Sobrevivi, mas errei. É a vida.
Enfim, as gravações chegaram ao fim. E, por mais insanos que tenham sido aqueles 5 dias de fevereiro, sinto saudades. Conheci muita gente. Conheci muitas coisas novas. Aprendi muito.
Agora, só posso agradecer à equipe pela oportunidade que me foi dada; rezar por um patrocínio que nos ajude a revelar e finalizar o curta e torcer: afinal, muito em breve estaremos em Cannes.
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